domingo, 21 de novembro de 2010

Paródia da música “Dona” da banda “Roupa Nova”

Lona,inimiga dos fazendeiros
Casa de muitos brasileiros
Oh,lona,manchetes de jornais
Lona ,não somos marginais
Pelas ruas e fazendas,não calamos nossa voz
Somos firmes e fortes e isso só depende de nós
O governo não ajuda,só faz aparição
Só oferecendo esperança
Mas isso só isso, não é a solução
Quem planta e colhe é chamado de Mané
Sol e chuva,chuva e sol,não importa o que vier
Enfrentamos vendavais,incêndios,destruição
Mas sabemos que o que é nosso
Lona
Lona,inimiga dos fazendeiros
Casa de muitos brasileiros
Não há pedra,nem espinhos
Que nos empeçam de batalhar
Não há guerra ou espera
Que nos empeçam de lutar
Entre o sonho e a verdade
A mentira e a ilusão é a terra que dá vida
E que gera confusão
Algumas vezes nos dá fruto,outras tira o nosso chão
O poder que predomina, a polícia nos faz sair
Mudamos de espaço e armamos Lona,oh lona
Lona,lona..

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Lembranças de uma jovem africana

Meu nome é de Adnerb,sou africana. Nasci na cidade de Johannesburgo,na África do Sul . Sou filha única.Minha casa ficava perto de uma praia. Desta praia sobrevivíamos meu pai,minha mãe e eu.
Vivi muito feliz até meus 15 anos,porém numa manhã acordei sentindo muitas dores nos pés e nas mãos. Ao abrir meus olhos,percebi que meus pés e mãos estavam amarrados. Olhei para os lados procurando meus pais. Só tive tempo de vê-los sendo arrastados por homens fortemente armados.
Levantou-me do chão,desamarrou meus pés e saiu me empurrando,não tive escolha, a não ser obedecê-lo. Não sabia o que estava acontecendo. Tive muito medo de morrer.
Andamos um pouco pela areia da praia e então avistei um grande navio. O homem me empurrou para dentro dele e me levou para o porão. Lá encontrei vários jovens e muitos eram meus amigos da praia,ou seja,filhos de pescadores.
Após algumas horas,quando o porão estava completamente lotado de jovens negros,o navio começou a se locomover.
Senti muita tristeza,não sabia onde estavam meus pais,não sabia para onde estávamos indo,não sabia o que seria de minha vida dali pra frente.
Viajamos muitos dias e noites,muitos jovens morreram e foram atirados ao mar. O medo e a tristeza permaneciam em meu coração. O porão onde ficávamos era frio e escuro,pois ficávamos bem próximos à parte onde havia os remos que virados pelas mãos fortes ou fracas dos negros,faziam o navio andar. Todos nós tínhamos que remar. Quinze a vinte homens armados de carabinas nos forçavam a esse serviço .Em alguns momentos fazíamos a troca para descansar um pouco. Além disso também tínhamos que limpar todo o navio.
Ancoramos em um país chamado Angola,onde mais jovens negros foram arrastados até o navio. Alguns negros do navio que estavam doentes,foram abandonados a mercê do próprio destino naquele país.
Continuamos a viagem. A cada dia que passava eu sentia o desespero tomar conta de mim,tive vontade de me matar. Alguns dos homens que nos vigiavam obrigavam as jovens a fazerem sexo com eles, se tentássemos impedi-los eles nos espancavam. Teve umas jovens que foram assassinadas brutalmente. A comida que nos serviam era de péssima qualidade:fubá com carne seca,etc.
Meu corpo e minha alma estavam despedaçados. Não aguentava mais ver meus companheiros apanhar e também de ser violentada e torturada todos os dias. Chegava a pedir que me matassem, mas eles apenas riam e cuspiam no meu rosto e continuavam a me violentar sexualmente.
Várias semanas se passaram e então chegamos no estado da Bahia no Brasil. Os homens novamente amarraram nossos braços e nos levaram a um lugar onde nos amarraram em troncos. Lá consegui ver meus pais sendo levados por um homem branco de chapéu. Gritei por eles,porém um dos homens que nos vigiavam me deu uma bofetada no rosto.Depois disso nunca mais os vi.
Ouvi esses homens dizerem que logo seríamos comprados,pois éramos jovens e fortes e foi o que aconteceu.
Dois senhores bem vestidos chegaram perto de nós,ordenou-nos que abríssemos a boca,para que vissem nosso dentes,apalparam nosso corpos e decidiram ficar com cinco rapazes e cinco moças,sendo eu uma delas.
Fomos para uma grande fazenda,onde havia várias plantações. Lá trabalhávamos na lavoura de café, na plantação de cana-de-açúcar,mandioca e outros mantimentos. Apanhamos muito naquele lugar. Lá também fui forçada a fazer sexo com o feitor da fazenda e até com o dono dela. Passei por muito sofrimento. Até que um dia,fugi para o quilombo com outros jovens.
Todo sofrimento que passei foi causado por outra raça. Isso dói muito ainda,porque perante Deus todos somos iguais e ninguém tem o direito de fazer o outro sofrer.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

MINHA BIOGRAFIA

Meu nome é Brenda Maria Soares, nasci neste lugar, Santa Maria de Jetibá e estudei aqui até a 7ª série. Minha vida escolar foi muito boa,sempre tive bons professores ,os quais me incentivaram a ser uma pessoa batalhadora e que nunca desistisse dos meus sonhos .A maioria deles sempre me dizia que a leitura faz com que o ser humano descubra o que fazer no momento exato.Com tanta leitura decidi fazer o curso de letras e me tornar escritora,o que ainda não aconteceu,apesar de viver rascunhando contos e poesias.Devido a distância que tinha que percorrer a pé,pois morava a 30 quilômetros do centro de Santa Maria,mudei para Vitória,ES, para a casa de uma irmã que havia casado.
Fiz a o ensino médio numa escola em Laranjeiras,na Serra,ES.No primeiro ano do ensino médio,conheci meu marido ,que era professor se matemática lá.Ao terminar o ensino médio fui logo cursar a faculdade de letras, no Centro de Ensino Superior Cesat,sempre com o apoio de meu marido.Neste período em que estudava, dava aula de inglês ,português e espanhol em escolas particulares e estadual e também tivemos um filho chamado Leandro,que hoje está com 9 anos.No último semestre da faculdade o município de Santa Maria ofereceu um concurso para o magistério ,fiz o concurso,passei e hoje estou aqui trabalhando como professora de Língua Portuguesa numa escola na zona rural do município .

Já faz anos que estou na sala de aula, já tive várias experiências, já mudei o jeito de trabalhar e sempre estou buscando novas experiências para melhorar o ensino-aprendizagem, pois percebo que a cada dia está mais complicado fazer com que o professor consiga a atenção dos alunos. Muitas vezes me decepciono com o rendimento deles, porém, em outros, me sinto realizada, pois eles me surpreendem. Apesar de meu sonho de ser escritora não ter se realizado,ainda, me sinto feliz nessa profissão, pois já encontro alunos meus que terminaram a faculdade e me dizem que representei muito na vida deles.Pretendo ficar nessa profissão um bom tempo, mas ainda não desisti do meu sonho .Quero um dia autografar meus livros e dá-los especialmente aos que foram meus alunos o quais eu sempre digo “ Leia,pois a leitura além de lhe dar conhecimentos,fará você viajar, sorrir,chorar e viver”

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

ROBSON

ROBSON


Robson é um rapaz bonito de 20 anos que tem uma vida bem corrida. Ele acorda cedo todos os dias não antes de agradecer a Deus por mais uma noite que passou e que descansou. Toma rapidamente seu café e saí correndo para mais um dia de trabalho.Ele trabalha num escritório de uma loja que vende peças de carro.Chova,venta ,troveja ou até se gear ,lá está Robson em seu trabalho, pois é dele que depende para sobreviver.Robson não teve uma vida muito feliz foi criado pela vó materna,pois seu pai e sua mãe não se casaram e cada um seguiu um rumo diferente,ambos casaram-se com outras pessoas.Aos quinze anos perdeu a vó e então passou a ter que correr atrás de seu sustento sozinho.Ele sempre via seu pai pelas ruas da cidade,porém não tinha coragem de chegar perto dele ,com medo de ser rejeitado.O tempo foi passando e um dia Robson conheceu uma moça chamada Carine , que também era filha de seu pai com a atual esposa.Carine, em uma noite de sábado, o levou para conhecer uma tia chamada Brenda, que era professora.Essa tia o levou para conhecer sua vó paterna .E no domingo todos estavam na casa de Brenda almoçando.Robson então reencontrou seu pai.Ele ficou muito feliz,finalmente conseguira realizar seu sonho.Passou a tarde toda na casa da tia e ele parecia bem mais sereno e estava bem feliz.Ao se despedir da tia beijou-a carinhosamente por duas vezes. Ela sentiu-se emocionada e até chorou.Foi a janela vê-lo partir juntamente com o pai a madrasta e a irmã e permaneceu ali por algum tempo refletindo sobre as coisas da vida.Á noite Brenda foi à igreja e reencontrou o sobrinho lá.Dali pra frente tudo será diferente para ele -pensou ela.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

MEMORIAL DE LEITURA

MEMORIAL DE LEITURA
Comecei a ler muito cedo, aos cinco anos de idade.Quem me ensinou a ler foi uma irmã. Ela lia a bíblia e eu queria muito aprender e isso aconteceu logo, pois eu era esforçada. Quando fui para a escola, comecei a ler e não parei mais. O primeiro livro literário que li foi “Alice no País das Maravilhas”, de Lewis Carol.O mundo mágico e maravilhoso que a personagem Alice vivenciou me encantou.A partir daí comecei a ler todo tipo de livro,de todos os estilos literários ,menos poesia.Me transportava para dentro daqueles livros,me colocava no lugar dos personagens, às vezes até apanhava do meu pai,porque vivia pra baixo e pra cima com um livro embaixo do braço,afinal,a leitura era a minha única diversão,morava na roça,nunca tive uma boneca,por isso entrava nas histórias dos livros e só saia de lá quando a história terminava,já me preparando para entrar em outra. Ao mesmo tempo em que queria que a história terminasse logo, para eu saber o final, ficava triste quando ela terminava, porque tinha que voltar a realidade, porém eu ficava pouco tempo na realidade, porque logo,pegava outro livro para ler.Eu era um verdadeiro rato de biblioteca.Aos 12 anos decidi que estudaria para ser escritora.
No ensino fundamental, minha vida escolar foi muito boa, meus professores nos incentivavam a ler, mas nunca cobravam resumos, ou davam provas sobre os livros que líamos. Um único professor, na oitava série, nos pediu que escrevêssemos um livro, o que pra mim foi fácil, pois poderia até contar uma das histórias que li,porém não o fiz.Escrevi sobre a vida de uma adolescente que lia muito,ou seja ,falei sobre minha vida e meu sonho.
No ensino médio, não tive a mesma sorte, pois os professores nos obrigavam a ler vários livros literários e fazer resumos ou até mesmo davam provas sobre eles.
Naquela época ,não gostei de ler Machado de Assis, Memórias Póstumas e Quincas Borba ,quase acabaram com meu gosto pela leitura, não conseguia entender a linguagem dos livros de Machado,no entanto ,superei esse pequeno problema quando fui fazer faculdade.
No primeiro período da faculdade foi muito emocionante, pois a professora nos mandou ler “ Alice no país das Maravilhas” , ” Alice através do espelho” e “ Alice aos 80”.Li os três livros,com muito prazer,porém quando a professora nos pediu um trabalho sobre aqueles livros,quase ficamos carecas para fazê-lo.
O trabalho era em grupo e ela queria que mostrássemos a metafísica dentro dos livros. Teríamos que encontrar “O SER”, “O NÃO SER” e o “ O VEM A SER” e provar com exemplos dos livros.
Tentamos de tudo, lemos alguns livros de filosofia, de Marilena Chauí e outros autores, o mundo de Sofia e outros,mas por falta de experiência , o trabalho não saía.
Certo sábado , o grupo resolveu se reunir lá em casa, para tentarmos fazer o tal trabalho, ficamos até meia-noite e nada do trabalho ficar pronto.Entrei no meu quarto,resolvi vestir meu vestido de quadrilha,para ver o que as meninas achavam,pois ia dançar na escola em que lecionava.O vestido era vermelho com florzinhas brancas,rodado e bem infantil. No momento em que vesti o vestido, tive um estalo, comecei a encenar o trabalho e a encontrar os itens que a professora queria.Apresentamos o trabalho em forma de teatro e fomos destacando cada etapa pedida.ela gostou tanto do trabalho,que nos inscreveu na semana de seminário da faculdade.A experiência foi maravilhosa, a partir daí, sempre nos saímos bem com os trabalhos que apresentávamos.
Essa professora também nos incentivava a produzir poemas, paródias, paráfrases e textos em prosas. Eu não gostava de produzir poemas,pois nunca tinha lido poemas.Aos poucos comecei a produzir poemas também,pois criei o hábito de ler alguns livros de poetas famosos como Vinícius de Morais,Carlos Drumonnd ,Cecília Meireles etc.
Hoje em dia ,sou professora de língua portuguesa e ao trabalhar leitura com meus alunos,procuro não forçá-los a ler o que não gostam.Ao pedir atividades avaliativas sobre a leitura ,peço a eles que retirem do livro algo que os agradou, ou o que aprenderam lendo tal livro.Sempre digo a eles que ao pegarem um livro,se não gostarem das primeiras cinco páginas que troquem logo,para dar tempo de ler outro..Posso dizer que os trabalhos de leitura que tenho feito,tem me dado muitas alegrias e surpresas.
Finalizo este memorial dizendo que a leitura, alivia tédio,substitui brinquedos,faz você viver coisas que jamais viverá na realidade,enfim abre caminhos para um mundo melhor.Quem lê viaja,sem pagar passagem.
Ainda não sou uma escritora, porém não desisti desse sonho.

Brenda Maria Soares

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Um ataque dos muriquis

Um ataque dos muriquis

Sou professora, tenho uma vida muito louca ,às vezes pareço até uma bandida,pois vivo correndo.Todo dia saio de casa às 6.30h , vou para uma escola estadual, de lá vou para a municipal e duas vezes por semana ,volto, à noite ,para lecionar na estadual novamente.Se fosse só isso estaria muito bom,mas nos finais de semana planejo,corrijo trabalhos e avaliações e cuido da casa.Quase não tenho diversão,apenas vou à igreja e de vez em quando saio com meu marido e meu filho.Tirando isso,só trabalho.
Na escola estadual onde leciono,há um projeto chamado “ Mata Viva” este tem como objetivo conscientizar aos alunos e professores a importância do meio ambiente.
Próximo à escola há um espaço onde plantamos e cuidamos de árvores nativas .Este lugar chama-se Mata Viva Belém,pois localiza-se na Comunidade São Sebastião do Belém.Neste local há também uma espécie de macacos,chamada muriqui.
Um dia desses ,juntamente com uma aluna,resolvo fazer uma visita ao local.De repente alguém joga um feixe de carilu,uma plantinha cheia de frutinhas pretas por fora e vermelho escuro por dentro, sobre a minha cabeça.Olho para a aluna e digo:
__Por que fez isso?
__Isso o quê, FESSORA? _Indaga ela
__Jogou esse monte de frutinhas sobre mim?_respondo
___Eu? Não fiz isso não!
___Então tem mais alguém aqui
Novamente sobre nossas cabeças caem um monte de fruitinhas pretinhas.Olhamos para um pé de arvores e vimos um monte de muriquis atirando as frutas sobre nós.Caímos na risada.Então eu disse:
__Acho que nos querem longe daqui.Devem estar pensando que queremos caçá-los.Vamos embora.Tenho que trabalhar.
Será, leitor, que os muriquis acharam que estávamos invadindo o habitat deles?
Infelizmente é isso que a maioria das pessoas está fazendo. Se eu fosse um muriqui também lutaria pelo meu espaço. Afinal é isso que fazemos todos os dias.
Brenda Maria Soares

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

MEMÓRIAS DE UMA PROFESSORA

Uma passagem de minha vida
A primeira vez que viajei eu não estava sozinha. Fui acompanhada de minha mãe e meu primo Lucas.Chegamos ao ponto de ônibus às 6 horas da manhã e para mim isso é muito cedo ,por isso eu andava lentamente e então por pouco quase que perdemos o busu.
Uns trinta minutos após o ônibus ter partido ,ouvimos um barulhão,que parecia vir do motor:
____Tlec,trom,tlec,trom. . .
___O que é isso? _perguntaram alguns passageiros
___ O ônibus está com problemas, vamos ter que parar.
___ Oh ,não!Mais essa!! –Exclamou Lucas
O motorista chamado Pedrão estacionou o veículo perto de uma fábrica de panelas e lá ficamos por mais de uma hora e milhões de mosquitos para nos atormentar.
Lá pelas 9 horas da manhã veio outro ônibus amarelo, uma máquina zerada, da mesma empresa e nos levou até,Vitória, nosso destino.
Fiquei uma semana em Jardim Camburi .Fui ao cinema,à praia,ao shopping.Conheci várias pessoas e até fiquei com um menino.O nome dele era Henrique.
Voltei à Vitória várias e revi meu namoradinho várias vezes.Um dia fui de vez prá lá,para fazer uma faculdade e após dois anos,Henrique e eu nos casamos.Sete anos depois,tive meu primeiro filho,Luiz Henrique.
Quando me lembro dessa passagem de minha vida,vejo que o tempo passou e levou com ele minha juventude.Isso não me entristece porque tenho um filho lindo ,um marido maravilhoso e uma grande profissão:professora.

MEMÓRIAS DE UM JOVEM

Um passeio fantástico
A primeira vez que andei de trem, eu estava acompanhada de minha mãe .Eu achava que esse veículo era uma máquina com vários ônibus acoplados uns nos outros.E é o que parece. Viajamos até Belo Horizonte. Lá conheci minha prime Claudinha. Ela é uma menina inteligente e simpática.
No outro dia Claudinha me levou para conhecer a cidade de Pampúlia .
Quando estávamos passeando tranquilamente, passou uma carroça fazendo um barulho terrível como se fosse um trio elétrico desembestado.
_Truck, treck, truck, treck.
_É a carroça do Mamuelão ,que vende leite- disse Claudinha.
_Hum ainda existe isso ?-perguntei.
_Sim e todo mundo gosta do leite que ele vende.Ele tem umas vacas que são umas princesas.Só faltam falar.
_Só conheço leite de caixa _disse eu
Passei uma semana em Belo Horizonte e numa segunda-feira bem cedo ,partimos de volta à Vitória.Só que desta vez voltamos de ônibus.Era um busu verdão cheio de coisas engraçadas dentro dele.Foi uma viagem e tanto ,mas não dá para contar tudo hoje.
Quando me lembro daquela viagem fico feliz ,mas ao mesmo tempo triste ,pois o tempo passou ,Claudinha casou e eu continuo solteiro e sozinho

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Os canários

Os canários
Parece um jardim. Um jardim amarelo, eu diria, pois os canários belgas são amarelos. Que coisa maravilhosa é acordar com o cantarolar desse jardim.Pois é isso que acontece todos os dias na casa de José Augusto ,um professor de matemática.
Ás 6h da matina eles sentam no muro e começam com uma cantoria estridente acordando o professor que não se irrita, pois terá mesmo que levantar,porque tem que ir lecionar.Ele é um daqueles docentes que trabalham em dois horários.Tem uma vida muito corrida.
Todos os dias,assim que acorda ,a primeira coisa que faz é ir ao quintal e jogar canjiquinha para os canarinhos.Calmamente ele vai atirando “a canjica de todos os dias” e eles o rodeiam,chegam até sentar em seus ombros .Não sentem medo dele,afinal ele cuida deles como filhos.Em sua garagem há ninhos e casinhas sem trancas, para que se reproduzam e saiam a hora que bem entenderem.
Quando ele termina de alimentá-los e se retira .Um canário bicudo sempre cantarola:
____ Ele gosta mesmo de nós ,né passarada???
__Claro,senão ele não faria tudo isso para nós- respondem ,em assobios agudos.
Vinte minutos depois ,ele liga o carro e vai para a escola trabalhar.O bando o acompanha até a escola.Agem como guarda-costas ,protegendo seu dono.Depois voltam à casa e o aguardam à tardezinha. Ele ,ás vezes ,se esquece de comprar algo para a casa,mas nunca da canjiquinha dos canarinhos
Todo dia comenta, com seus alunos, as novidades sobre os “seus passarinhos” .Ontem ele disse que em dois ninhos havia filhotinhos e em outros três alguns ovinhos.
Os alunos percebem o brilho em seus olhos quando fala dos canarinhos. Um dia chegou muito triste, pois o gato do vizinho,comera dois filhotinhos.Queria matá-lo,mas lembrou que ele também era um animal à procura de alimentos.
José Augusto defende os animais e apesar de ser professor de matemática,sempre aconselha aos alunos a defendê-los também,porque assim estarão defendendo à natureza.
Ele disse ,certa feita, que os pássaros são muito importantes para o crescimento das plantas,pois eles espalham as sementes por todos os lugares em que passam.Ele enfatizou que os pássaros preservam seu habitat ,enquanto que o homem o está destruindo, pois não mede esforço para poluir,desmatar e fazer queimadas,só pensando no lucro da madeira,da terra limpa . Não sabendo ele que está destruindo sua própria vida.
Jornais ,revistas e televisão falam todo dia sobre essa destruição,mas a humanidade não dá a mínima para isso.
Chegará um dia em que não encontraremos mais nenhum canário, para contemplar sua beleza .Junto com ele,não haverá árvores e nem água .
E então, leitor ?Vai ficar aí destruindo a beleza que ainda existe? Ou vai pensar melhor a partir de hoje?Que tal fazer como o professor José Augusto ? A beleza continuará sobre a terra, se cada um fizer a sua parte.Preservando-a.
Autora:Brenda Maria Soares

terça-feira, 15 de junho de 2010

A TURMINHA DO BARULHO

A professora Lúcia entra na sala de aula , percebe que a turma está muito agitada e que nem notaram sua chegada. Pedro está bravo pois seu lápis sumiu, Tiago e João estão fazendo guerrinha com bolas de papel, Rita e Fernanda estão brigando porque uma está querendo destrocar o papel de carta que trocou com a outra . Enfim a turma está em polvorosa . Para acalmar a turma ela diz:
- Ei, psiu !
A turma continua agitada, ela tenta de novo:
- Silêncio !
Nada acontece ,então ela grita!
- Socorro ! SOCORRO !
Rapidamente a turma se acalma , a diretora e a coordenadora aparecem e
perguntam :
- O que aconteceu professora? Alguém se machucou ?
- Não , aliás ,o meu ouvido está doendo um pouquinho devido a gritaria desta turma.
- Nós ouvimos um grito de socorro, por isso estamos aqui – retrucaram elas .
- Perdão . esta foi a única maneira de chamar , de fazer a turma prestar atenção em mim – justificou a professora .
- OK !- disseram elas e se retiraram . Lúcia se volta para turma, observa que estão todos quietos , pergunta :
- Podemos trabalhar agora ?.
- _ Não podemos não,professora-diz Pedro _Quero meu lápis
- _Pedro! Fique quieto agora!!!!
- _ Só vou ficar quieto quando devolverem meu lápis _responde ele
- __Então vá já para a diretoria e me espere lá !
- __OK, a senhora é quem manda, fessora
...

sábado, 15 de maio de 2010

Dona coruja,a sabida
No oco de uma jaqueira da fazenda de seu Manuel morava Dona Sabida.Era uma ave de plumagem farta,cabeça grande,olhos saltados,bico forte e garras curvas.Sua feiúra não assustava ninguém.Pelo contrário,era muito estimada,apesar de seus hábitos estranhos.À noite trabalhava,caçando alimentos, e durante o dia costumava dormir.Perto dali vivia um gavião chamado Chupito que vivia observando-a e ele resolveu que a pegaria quando ela estivesse dormindo.Ele ficou de botuca vigiando a hora que ela cochilasse.Quando a coruja fechou os olhos, ele voou até a jaqueira,mas nem chegou a pousar,pois a coruja soltou um grande grito.O gavião passou vários dias tentando pegar Dona Sabida,mas tudo foi em vão, então resolveu pesquisar uma maneira de como pegar coruja, por isso foi procurar o macaco Julião e pediu-lhe um livro sobre aves.Ele não pode ajudar-lhe porque não tinha nenhum livro sobre aves.No entanto o gavião não desistiu da empreitada,voltou à jaqueira e ficou observando a rotina da coruja: Ao dia, ora ela cochilava,ora fazia barulho. De noite,ela voava ...Assim passaram-se semanas.
Um dia o macaco Julião disse-lhe:
____ Você nunca vai conseguir pegar essa coruja.
___Por que ? indagou Chupito.
__Porque vocês tem hábitos diferentes .Ela voa à noite e você ao dia.Ela dorme ao dia e você à noite e você dorme ao dia.Você só consegue pegá-la se ela voar.
_ Ah é? Pois você vai ver se amanhã eu não pego essa danada. No outro dia à noitinha Chupito sentou-se numa arvore ao lado da jaqueira e ficou calmamente esperando a coruja voar.O tempo foi passando Chupito dormiu,a coruja voou,voou e Chupito nem viu .De manhãzinha a coruja entrou no oco da jaqueira gritou,gritou ,dormiu...Chupito acordou e pensou “ Dormi no ponto,pois, não peguei a Sabida”

PARÓDIA DO POEMA “Inconfesso desejo” DO POETA CARLOS DRUMOND DE ANDRADE

PARÓDIA DO POEMA “Inconfesso desejo” DO POETA CARLOS DRUMOND DE ANDRADE

Não queria ter medo
Para falar deste segredo
Queria gritar ao
Mundo este amor
Mas tenho medo de confessar a verdade
Você é minha vida
Meu maior sonho
Queria falar
Este desejo louco
Que é lhe beijar
E perder-me nos seus braços
Sentindo-me envolvido de seu amor
Queria cantar
Para você
Fazer uma serenata de amor
Queria lhe dizer
Meus segredos e largar
Tudo por você, mas acho que isto
Por muito tempo
Será apenas ,um inconfesso desejo

Brenda Maria Soares
Robson é um rapaz bonito de 20 anos que tem uma vida bem corrida. Ele acorda cedo todos os dias não antes de agradecer a Deus por mais uma noite que passou e que descansou. Toma rapidamente seu café e saí correndo para mais um dia de trabalho.Ele trabalha num escritório de uma loja que vende peças de carro.Chova,venta ,troveja ou até se gear ,lá está Robson em seu trabalho, pois é dele que depende para sobreviver.Robson não teve uma vida muito feliz foi criado pela vó materna,pois seu pai e sua mãe não se casaram e cada um seguiu um rumo diferente,ambos casaram-se com outras pessoas.Aos quinze anos perdeu a vó e então passou a ter que correr atrás de seu sustento sozinho.Ele sempre via seu pai pelas ruas da cidade,porém não tinha coragem de chegar perto dele ,com medo de ser rejeitado.O tempo foi passando e um dia Robson conheceu uma moça chamada Carine , que também era filha de seu pai com a atual esposa.Carine, em uma noite de sábado, o levou para conhecer uma tia chamada Brenda, que era professora.Essa tia o levou para conhecer sua vó paterna .E no domingo todos estavam na casa de Brenda almoçando.Robson então reencontrou seu pai.Ele ficou muito feliz,finalmente conseguira realizar seu sonho.Passou a tarde toda na casa da tia e ele parecia bem mais sereno e estava bem feliz.Ao se despedir da tia beijou-a carinhosamente por duas vezes. Ela sentiu-se emocionada e até chorou.Foi a janela vê-lo partir juntamente com o pai a madrasta e a irmã e permaneceu ali por algum tempo refletindo sobre as coisas da vida.Á noite Brenda foi à igreja e reencontrou o sobrinho lá.Dali pra frente tudo será diferente para ele -pensou ela.