sábado, 30 de maio de 2009

Meu primeiro amor

Meu primeiro amor



Quando vi Pedro pela primeira vez, meu coração bateu aceleradamente. Não conseguia tirar os olhos dele nem por um segundo.

Tudo aconteceu porque a professora de geografia pediu um trabalho em grupo e marcou para ser apresentado na segunda-feira.

Camila, que era um dos componentes do grupo, convidou-nos para que fôssemos à casa dela no final de semana e que lá faríamos o trabalho.

Marquei com Luciana, outra componente do grupo, para nos encontrarmos no terminal por volta das 10 horas da manhã. Ela, que era dorminhoca, chegou atrasada. Camila mora em Jacaraípe, perto da praia, então já viu né?, o ônibus estava lotado. Chegamos à casa de Camila por volta do meio-dia, exatamente na hora do almoço. Camila estava no ponto, juntamente com dois meninos, nos esperando. Ela foi logo nos apresentando :

─ Estes são meus primos, Pedro e Mateus, e estas são minhas colegas lá da escola, Juliana e Luciana.

─ É um prazer conhecê-las meninas ─ disseram eles.

─ O prazer é todo nosso – respondemos Luciana e eu.

─ Vamos? Mamãe está nos esperando com o almoço prontinho ─ Exclamou Camila.

A partir do momento em que vi Pedro não conseguia pensar em mais nada a não ser olhar para ele. Num determinado momento, Camila perguntou:

─ O que está acontecendo, Juliana? Você está tão calada. Aconteceu alguma coisa?

─ Não, apenas estou pensando.

─ Pensando o quê? Ou em quem? ─ Perguntou Camila

─ Nada importante.

─ Ok, se você não quer falar, eu respeito, mas se precisar de uma amiga estou aqui você sabe, né?

─ Obrigada, amiga.

─ Vocês trouxeram biquíni? Sabem que depois vamos à praia, não é?

─ Claro, depois que fizermos o trabalho, sim?

─ Claro. Imagine se três alunas estudiosas como nós não iríamos fazer um trabalhinho simples desse ─ disse Luciana.

─ Você está brincando, né Luciana? Este trabalho não é tão fácil assim.

─ Não se preocupem, meninas, os meninos irão nos ajudar. Eles estão no terceiro ano, vão fazer vestibular no final do ano ─ disse Camila

Só de imaginar que eu estaria perto de Pedro e o dia inteiro, meu coração começou a bater descompassadamente. Era necessário que eu me controlasse. Necessitava que alguém me sacudisse.

─ Olhe, disse Camila ─ Só vamos à praia se terminarmos o trabalho antes das quatro. Está bem para vocês?

─ Ok ─ respondi.

─ Até porque vocês vão dormir aqui hoje, né?

─ Sim, respondemos nós duas ao mesmo tempo. ─ Vamos chamar os meninos ─ disse Camila.

Começamos a fazer o trabalho, que falava sobre rochas minerais, às duas horas, e às quatro em ponto terminamos. Embora em alguns momentos eu tenha me distraído olhando para Pedro, consegui ajudar minhas colegas a montar todo o trabalho.

Os meninos, que tinham bastantes conhecimentos, nos ajudaram muito.

Fomos à praia, onde conhecemos alguns amigos de Camila. Luciana se encantou por Rodrigo, um desses amigos e ficou o tempo todo conversando com ele.

Na hora de voltarmos para casa, consegui ficar sozinha com Pedro. Ficamos para trás e conversamos bastante.

À noite, fomos todos a uma pracinha perto da praia para tomarmos um sorvete. Camila, Luciana e Mateus foram se encontrar com os amigos dela na feirinha que tinha na pracinha. Pedro e eu decidimos ficar na sorveteria.

Sentamos em um balanço que existe próximo a sorveteria. Pedro pegou minha mão e disse:

─ Você me daria um beijo?

Antes que eu o respondesse ele tocou seus lábios nos meus.

Ficamos de mãos dadas conversando, ele me falou tudo sobre ele e eu sobre mim. Descobri que ele estudava perto do meu curso de informática. Combinamos que nos encontraríamos lá.

Quando Camila chegou, já passava das 11 da noite. Luciana estava de mãos dadas com Rodrigo.
O Domingo foi maravilhoso, talvez o mais feliz de minha vida. Fiquei o dia inteiro com Pedro.

Já faz cinco anos que tudo isso aconteceu. Pedro está nos Estados Unidos, num intercâmbio. Eu estou no quarto período de Letras. Não estamos mais juntos, porém somos amigos. Camila faz Letras junto comigo. Luciana casou-se com Rodrigo e eles têm uma filhinha linda, chamada Bruna. Quando Pedro voltar seremos os padrinhos de Bruna.

Já fiquei com dois meninos depois de Pedro, porém, nunca esqueci aquela noite em que ele me pediu um beijo e não esperou a resposta.

O mais importante de um primeiro amor é que ele dura para sempre no pensamento de um coração apaixonado.


BRENDA MARIA SOARES

terça-feira, 26 de maio de 2009

RECEITA PARA UM BOM FUTURO

“ Ingredientes:
Várias mentalidades
Um mestre
Dedicação
Interesse
Responsabilidade
Força de vontade
Amor aos estudos
Vontade de vencer
Modo de Preparar :
Procure um lugar, coloque um mestre juntamente com várias mentalidades, acrescente dedicação, interesse, responsabilidade, força de vontade, amor aos estudos, e vontade de vencer.
Prove de tudo isso e seja feliz! ”

sexta-feira, 22 de maio de 2009

O FRADE E A FREIRA

O FRADE E A FREIRA

Num gesto piedoso
De quem a Deus pede com certeza,
Com olhar Misterioso
E um manto rasgado
Pôs naquele monte a natureza
O desenho de um frade recurvado.

E sob uma veste negra de tristeza
Está a figura de uma freira ao seu lado,
Que também pede a Deus, com firmeza,
Perdão, pelo inocente pecado...
"

Diz a história - a história
Que os habitantes contaram ...
Que um frade e uma freira
Amantes se tornaram
Mas que Deus lá do céu
Com pena dos dois amantes ficou
Eternizou o amor do réus
Nessas duas pedras gigantes,
Deixando para os capixabas
Essa visão deslumbrante.

FIZ ESSE POEMA EM HOMENAGEM AS DUAS PEDRAS

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Despedida do exílio

Despedida do exílio

Minha terra tem árvores,
Que voltaram a brotar;
As pessoas se conscientizaram,
Que elas devem preservar;
Pois delas vêm os alimentos,
E as águas ,não deixam secar.

Nosso céu voltou a ter estrelas,
Voltaram a ter brilho o sol e a lua;
Nossos bosques têm mais vidas ,
Como as crianças da minha antiga rua.

Ao passear - sozinho , à noite-
Prazer eu encontro cá;
Ao lembrar que em minha terra
Tão logo , estarei lá;
Ao descobrir que nela,
A paz voltou a reinar.

Querido exílio,
Esta terra estou a deixar;
Pois ,agora ,em minha terra,
Eu já posso habitar ;
Se sentires saudades minhas,
Neste poema podes meditar;
Só espero que não seja um sonho,
E que eu venha acordar.

PARÁFRASE QUE FIZ EM 2004

Canção da denúncia

Canção da denúncia

No meu país há políticos,
Que só pensam em enriquecer;
Quando iniciam as eleições,
Eles começam a prometer.

No período das eleições ,
Eles prometem mundo e fundos,
Ao conseguirem se eleger;
Eles põem o pé no mundo.

Em minha terra tem políticos,
Que milionários querem ficar;
Nem bem vencem as eleições,
Já começam a roubar.

Este ano, a coisa está pior,
Há uma grande confusão,
A ladroagem está maior,
E se chama mensalão .

Muita gente está dando um jeito,
De ganhar, mais do que uma merreca;
O transporte dos desvios,
É feito em malas e em cuecas.

Permita Deus que não precise,
Voltar lá , para nada;
Não quero, como meus conterrâneos,
Também ser enganada.

Fiz esse paródia na época em que ocorreu o mensalão EM 2004

terça-feira, 19 de maio de 2009

Lenda Mestre Álvaro e Moxuara
Serra e Cariacica
Apresentam uma história rara
É a fábula dos Rochedos ­
Mestre Álvaro e Moxuara
Uma lenda de um casal
­Que se apaixonFilhos de índios,
Tribos inimigas.
Grandes lutadores
Bons de brigas
Para o Casal
Essas brigas não tinham valor
O que Importava mesmo
Era o sentimento, o amor
As notícias desse amor logo se espalharam
Os caciques das duas tribos.
Então se revoltaram
O pai da Índia com o romance acabou
Mas o casal logo reatou
O pajé descobriu e tomou uma decisão
Transformá-los em pedras
Seria a solução, Mas depois com pena deles ficou
Pra amenizar a maldição
Pediu a alguns pássaros
Que lhes dessem um encontro nas noites de São João


Poema escrito em homenagem á cidade de Serra E Cariacica..
HORTIFRUTIGRANJEIROS

Santa Maria de Jetibá
É um lugar de muito valor
Pois o povo que vive aqui
É muito trabalhador

Esse povo veio de longe
Fugindo de muitas guerras
E hoje estão aqui
Cultivando a nossa Terra

Trouxeram junto com eles
Suas tradições e culturas
E junto com elas
Veio a agricultura

Na nossa região
Não se vê castanheiras
Mas o investimento aqui
É em hortifrutigranjeiras

O povo dessa cidade
Apresenta muita fé
Trabalham o dia inteiro
Na horta, na granja
E colhendo café

E ele nessa arte
Até que é muito bom
Pois elas estão estampadas
Ao redor do nosso Brasão.

POEMA FEITO EM 2008,EM HOMENAGEM AO POVO QUE VEIO PARA Santa maria..

meu devaneio

Meu devaneio
,
Na contra partida de minha
Imagino Lula no planalto central
Em Salvador, bossa, carnaval
Na cabeça caminhões
Subindo os chapadões
Alojo-me naquelas veredas;

Sobre a cabeça uma palhoça
Para fugir da tristeza e da fossa Apontam no céu aviões
Sob os meus pés cansados, o chão.
Acordo e me oriento em meio ao país
meu dia qualquer, Meu monumento, meu devaneio.
Meu eu, meu nariz, meu dia feliz.

Escrito em 2004,qundo Lula ainda não era presidente

domingo, 17 de maio de 2009

Um dia diferente.. Texto narrativo à moda de Machado de Assis

A realidade chocou Ana. Vivendo em um mundo onde tudo parecia fantasia, de tão perfeito, não permite que a dor e a tristeza do mundo alheio tenham espaço dentro de si. A casa organizada, com cinco espaçosos quartos, três suítes, duas salas, uma área de serviço enorme, uma linda varanda de frente para um jardim florido ,etc., o orçamento e às emoções controladas, o casamento estável , o amor dos filhos e do marido fazem com que a sua vida tenha essa aparência perfeita.
Foi num dia quente de primavera, semana de natal, igual a essa, que Marta e Ana marcaram de se encontrar na praça do centro da cidade para comprarem, juntas, os presentes de natal.
O trânsito tumultuado impediu que Marta,a amiga de Ana, chegasse à hora combinada. Ana, como sempre pontual, chegou e sentou para esperá-la , absorta a tudo ao seu redor. Apesar de ter passado pouco tempo do horário habitual do almoço, a praça estava repleta. Lá se encontravam os senhores que faziam uso de jogos para não perceberem a inutilidade de suas horas nem permitirem pensamentos de um passado ativo.O barulho ininterrupto dos veículos que por lá passavam e as vozes dos transeuntes pareciam não ultrapassar os limites entre Ana e o mundo real.
De repente, ao olhar para um dos lados em busca da pessoa de Marta, vê um homem magro, desgastado pelo tempo e desfigurado pela vida. Um machucado antigo em uma das pernas teima em não cicatrizar, parecendo prever que é o único sustento do seu dono. Toma pequenos goles de aguardente de uma garrafa escura,para , quem sabe, anestesiar a alma. O quadro que vê toca os sentimentos de Ana e a faz sentir-se culpada por ser tão feliz. A miséria alheia e o sentimento de impotência fundem-se em uma grande angústia. Talvez tivesse sido melhor ter marcado com Marta em no shopping. Mas... por que fugir mais uma vez da realidade que a cerca? Não será agora, a hora de encarar o mundo com tudo que nele existe ?
Neste momento, a funcionária de um bar ao lado da praça vem trazer ,embrulhado numa sacola plástica, restos de comida para alimentá-lo. Ele toma mais um gole de seu antídoto e come o que foi lhe dado .Ana se pergunta se seria isso o que deveria fazer para redimir-se diante do mundo.
Marta chega desculpando-se. Ana comenta com ela o que viu a as reflexões que a tormentam.
-Não se angustie ,Ana. Não será você a pessoa que irá resolver todos os problemas sociais que existem. Vamos às nossas compras antes que as lojas fiquem intransitáveis.
Ana foi.Com ela foi o sentimento de que alguma coisa precisaria mudar no seu modo de ver e interagir com a vida .Rapidamente.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Paródia do poema "Meus oito anos,de Casimiro de Abreu"

SAUDADES DE MINHA VIDA DE SOLTEIRA

Oh ! que saudades que eu tenho
De quando não era casada
Pois eu ia pras baladas
Sem ninguém pra reclamar
O meu pai só me alertava
Pra cuidado eu tomar
Saía com as amigas
A vida era bem louca
Beijava muito na boca
Nos dias de festivais.
Os anos foram passando
Minha juventude levando
Conheci um bom rapaz
Um pouco exigente
E muito transparente
Logo vieram os filhos
A minha tranqüilidade levar
Hoje estudo e trabalho

Sou mãe e dona de casa
Não saio mais pras baladas
Nem consigo comer
Tenho uma vida corrida
Que às vezes pareço bandida
Pois não paro de correr
Oh! que saudade que eu tenho
Da época que era solteira
Momentos de brincadeiras
Dos sonhos e das bobeiras
Que vivia a aprontar
Oh ! Que saudades que eu tenho
De quando não era casada

Pois não acordava de madrugada
E nem vivia estressada
Minha vida era bem vivida

Pois tinha minha mãe querida
Que me ajudava em tudo na vida.
Brenda Maria Soares